Conhecendo Deus

Em janeiro de 1885 o ministro da capela da rua New Park começou seu sermão matinal do seguinte modo:

“Já foi dito por alguém que ‘o estudo adequado da humanidade é o próprio homem’. Não me oponho à idéia, mas creio ser igualmente verdadeiro que o estudo correto do eleito de Deus é Deus; o estudo apropriado ao cristão é a Divindade. A mais alta ciência, a mais elevada especulação, a mais poderosa filosofia que possa aprender a atenção de um filho de Deus, é o nome, a natureza, a pessoa, a obra, as ações e a existência do grande Deus, a quem chama Pai.

Nada é melhor para o desenvolvimento da mente do que a contemplação da Divindade. Trata-se de um assunto tão vasto, que todos os nossos pensamentos se perdem na sua imensidão; tão profundo que nosso orgulho desaparece em sua infinitude. Podemos compreender e aprender muitos outros temas; derivando deles uma certa satisfação pessoal e pensando enquanto seguimos nosso caminho: ‘Olhe, sou um sábio’.

Mas, quando chegamos a esta ciência superior e descobrimos que nosso fio de prumo não consegue sondar sua profundidade e os nossos olhos de águia não podem ver sua altura, nos afastamos pensando que o homem vaidoso pode ser sábio, mas não passa de um potro selvagem; exclamando então solenemente: “Nasci ontem e nada sei”. Nenhum tema contemplativo tende a humilhar mais a mente do que os pensamentos sobre Deus.

Ao mesmo tempo porém que este assunto humilha a mente ele também a expande.

Aquele que pensa com freqüência em Deus, terá a mente mais aberta do que alguém que apenas caminha penosamente por este estréio globo...O melhor estudo para expandir a alma é a ciência de Cristo, e Este crucificado, e o conhecimento da Divindade na gloriosa Trindade. Nada alargará mais o intelecto, nada expandirá mais a alma do homem do que a investigação dedicada, ansiosa e contínua do grande tema da Divindade.

Ao mesmo tempo que humilha e expande, este assunto é eminentemente consolador. Na contemplação de Cristo existe um bálsamo para ferida; na meditação sobre o Pai, há consolo para todas as tristezas, e na influência do Espírito Santo alívio para todas as mágoas. Você quer esquecer sua tristeza? Quer livrar-se de seus cuidados? Então, vá, atire-se no mais profundo mar da Divindade de Deus; perca-se na sua imensidão, e sairá dele completamente refrescado e revigorado. Não conheço coisa que possa confortar mais a alma, acalmar as ondas da tristeza e da mágoa, pacificar os ventos da provação do que uma meditação piedosa a respeito da Divindade. É para esse assunto que chamo a atenção de todos esta manhã...”

Estas palavras, ditas há mais de um século por C.H. Spurgeon (que nessa época, inacreditavelmente tinha apensa 20 anos) eram verdadeiras então, do mesmo modo como o são agora.

Pense nisso!

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