A fé transformadora

Voltando a falar sobre FÉ, quero abordar um aspecto que é muito esquecido ou não é levado em conta pela maioria dos que exercem alguma fé religiosa: A FÉ TEM O PODER DE NOS CONDUZIR Á PRÁTICAS DAQUILO QUE É MORALMENTE CORRETO E/OU INCORRETO.

Como é possível uma pessoa que tem fé religiosa praticar atos que sejam moralmente reprováveis? Podemos citar alguns: Sacrifício de crianças a uma divindade ou entidade espiritual; tentativas de exterminar etnias como atos de “purificar ou exterminar o mal”; o desprezo pela mulher fundamentado, em algumas culturas, na crença de que ela não tinha alma; a escravidão também foi justificada pela fé religiosa – o negro não tinha alma e ser negro era estar debaixo da maldição lançada sobre Caim, e a própria cor preta era a marca sobre os amaldiçoados. Na idade média, endossado até por alguns religiosos, era comum praticar um mal para justificar a tese de que “os fins justificam os meios”. Ainda hoje esta prática é absurdamente exercida - “os homens bombas” dos radicais islâmicos. Ainda podemos citar o “infanticídio” praticado por algumas tribos primitivas, e ainda hoje, entre algumas culturas indígenas no Brasil. Sem contar os absurdos nas chamadas “festas religiosas”, inclusive no Brasil, onde o religioso e o profano se misturam. De um lado, um líder religioso apela para os adeptos serem gente de bem e evitar o pecado; após os atos religiosos ou entre eles, é permitida na festa religiosa a bebida alcoólica à promiscuidade. No final, o que vale é o que se arrecada para a instituição religiosa. Também não podemos esquecer alguns que, dizendo ser “pastor evangélico”, afirmam que fazer uso da medicina é para quem não confia em Deus. Estes dizem que o “homem de fé autêntica” não precisa tomar remédio. Poderíamos citar outros atos e comportamentos absurdos em NOME DA FÉ RELIGIOSA, mas o espaço, aqui, não permite.

Os exemplos acima são evidências de como a fé religiosa pode ser extremamente perniciosa e maléfica. Como, então, podemos encontrar O TIPO DE FÉ que, além de ser benéfica para o próprio crente e aprovada por Deus, é A FÉ TRANFORMADORA PARA O BEM? A resposta é ao mesmo tempo simples e complexa. Simples, quando leio os Evangelhos e encontro uma declaração que afirma que “quem conhece Jesus, conhece a Deus”.(João 8.19). Ora, para eu ter o tipo de fé que é aprovada por Deus, que é viva e transformadora para o bem, SÓ PRECISO OLHAR PARA JESUS E PERGUNTAR SE TAL COMPORTAMENTO OU PRÁTICA É VISTO NA VIDA DELE. Jesus nunca apoiaria os absurdos cometidos em nome da fé religiosa. Assim, preciso aprender só de Jesus a ter a fé que transforma o coração segundo o poder de Deus. Nunca segundo a religião. Olhando para Ele, encontrarei o caminho que é a verdade de Deus que conduz à vida.

No próximo artigo, voltaremos a falar sobre este assunto e discutiremos as razões que fazem com que a fé religiosa possa tornar-se perniciosa e maléfica para quem crer e para quem não tem nada a ver com a dita fé religiosa.


Escrito pelo REV. JAIRO AMARAL –

Ele é meu pai, e Pastor na Igreja Presbiteriana de Prudentópolis-PR. É BACHAREL EM TEOLOGIA E PÓS-GRADUADO EM MINISTÉRIO PASTORAl.
E-MAIL- prjjairo@hotmail.com

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