As Igrejas dos Milagres: Como você recebe os milagres de Deus?

Introdução

Você acredita em milagre? Eu acredito em milagres. Você já recebeu milagres de Jesus? É claro que sim. E como você recebeu os milagres de Deus? Quantos milagres você já recebeu de Deus? Como acontecem os milagres de Deus na tua vida? Qual o propósito do milagre na tua vida? Para entender os milagres de Jesus temos que ter dois entendimentos:

(1) Quantos milagres Jesus fez? Jesus fez muitos outros milagres que não foram registrados. "Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, creio eu que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos". (Jo 21:25). Além disso, muitos milagres de Jesus não acontecem na mesma proporção em todo o tempo e lugar; porque Jesus curou muitos, mas não curou todos. Exemplo: João 5:1-5 registra o episódio em que havia no tanque de Betesda cegos, mancos e paralíticos esperando a descida de um anjo para agitar as águas e curar aquele que primeiro entrasse no tanque depois de agitada as águas. E diante disso, Jesus curou somente um homem paralítico. Em outros textos, Jesus curou todos os que estavam perto dele naquele determinado momento e circunstância (Exemplo: Mt 8:16). Ou seja: essa conclusão nos conduz a uma interrogação: Por que este e não aquele milagre foi registrado? Esta pergunta nos conduz a uma próxima pergunta.

(2) Qual o propósito do milagre? Gerar fé em Jesus como o Cristo, o Filho de Deus, e crendo, tenhais a vida eterna. “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”. (João 20: 30, 31). Ou seja, os milagres de Jesus não se destinam exclusivamente a oferecer conforto, solução de problemas particulares, satisfação do egoísmo ou bem estar. Mas os milagres de Jesus têm a finalidade de manifestar soberanamente o caráter de Deus, sinalizar o seu Reino (sua presença e vontade entre nós) e atrair glória para o seu nome (Deu é singular e não há outro Deus). Assim, os milagres existem por causa de Deus, que alcança todos, sem exceções, preferências ou méritos de quem quer que seja abençoado, com a sua graça e amor. Por isso que ninguém deve viver caçando curandeiros nem fabricando méritos para comprar milagres de Deus, nem muito menos se considerar esqueçido por Deus por que é um pecador. Pois o poder de Deus é a graça de seu amor. Assim, mais pleno de Deus não é aquele que mais experimenta ou protagoniza milagres, mas aquele que ama a Deus incondicionalmente, sendo capaz de enfrentar o mal em todo lugar e fazer o bem a todos.

Por isso, ouso afirmar, com base no conteúdo do Evangelho, que OS MILAGRES SÃO FEITOS PARA FORMAR DISCÍPULOS DE JESUS.

Em Mateus 16: 13-20, Jesus faz duas perguntas aos seus discípulos: A primeira pergunta foi: “Quem diz o povo ser o Filho do homem?” Jesus queria saber o que o povo pensava dele; ou seja, qual a identidade que o povo atribuía a Jesus. E a segunda pergunta foi: “Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?” Jesus agora quer saber o que os seus discípulos pensavam dele? Porque toda relação com o outro surge a partir da identidade que lhe atribuímos, independente se essa identidade atribuída corresponde ou não com a identidade assumida pelo outro. Estas duas perguntas nos levam a perceber que Jesus considera dois tipos de pessoas: o povo e o discípulo. Jesus quer saber qual sua reputação diante do povo. E como é visto o seu caráter diante dos seus discípulos. Disso, surgem duas igrejas: A igreja da Multidão e a Igreja dos discípulos.

I. IGREJA DA MULTIDÃO

Para a primeira pergunta é respondido que o povo atribuiu ao Senhor Jesus a identidade de um grande profeta, e comparavam Jesus aos marcantes profetas no passado de Israel: Elias, Jeremias e João Batista. Ou seja, Jesus está na mesma categoria e nível de identidade dos profetas e nada mais que isso. O povo errou a identidade de Jesus. Porque o povo tinha um relacionamento distante de Jesus. Na verdade, o povo nem sabia quem era Jesus e nem se importava com sua verdadeira identidade, porque buscava exclusivamente os milagres que podiam receber de Jesus. O povo sempre estava perto de Jesus somente para buscar milagres, tanto que, certa vez, Jesus teve de orientar os discípulos a ter um barquinho à disposição caso ele fosse comprimido pelo povo (Mc 3.9,10). Podemos chamar esse ajuntamento em torno de Jesus de A IGREJA DA MULTIDÃO. Esta igreja não sabe quem é Jesus e nem quer saber, mas só sabe e só se importa em saber como extrair o máximo do poder de Deus para resolver seus problemas. E quais as características da igreja da multidão?

1. A IGREJA DA MULTIDÃO ACREDITA QUE JESUS É APENAS MAIS UMA OPÇÃO DE PODER E MILAGRE.

Jesus era visto pelo povo como mais um semelhante a João Batista, Elias, Jeremias ou algum dos profetas. (Mateus 16: 14). Para muitos, Jesus não passa de mais um curandeiro poderoso, mais um deus no roll das divindades, mais uma opção na prateleira de abençoadores. Ou seja: A multidão enxerga Jesus como mais um e nada mais. Ou, na melhor das hipóteses, Jesus é considerado o maior de todos, mas nunca será o único. Por isso que temos hoje em dia um ciclo de pessoas que encontram Jesus e logo em seguida passam para outros. Ou adicionam Jesus a sua lista de homens de Deus, curandeiros, divindades, anjos e espíritos protetores. A igreja da multidão está aberta ao sincretismo religioso quando relativiza a identidade de Jesus aderindo uma fé genérica, subjetiva e idólatra. Mas não podemos esquecer que Jesus é singular: “Está e a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo a quem enviaste”. (João 17:3).

2. A IGREJA DA MULTIDÃO VÊ PARA CRER OU SÓ CRÊ SE VER.

No deserto, o Diabo disse para Jesus: “Se és filho de Deus, ordena que estas pedras se transformem em pães”. (MT 4:3). O Diabo duvida da identidade de Jesus e insinua que Jesus provará que é Deus se fizer um milagre. No monte do calvário, pendurado na cruz, Jesus escuta o eco das dúvidas do Diabo na boca do povo. “E o povo estava li, olhando. E as autoridades o ridicularizavam, dizendo: Salvou os outros, então salve a si mesmo, se é o Cristo, o escolhido de Deus. Os soldados também zombavam, e aproximando-se, ofereciam-lhe vinagre e diziam: Se tu és o rei dos judeus, salva a ti mesmo”. (Lucas 23:35-37). Assim, a igreja da multidão tem origem no Diabo, porque tem que vê para crer, ou crê se ver. A verdadeira fé não se alimenta de milagres extraordinários, visíveis e paupáveis. O povo de Israel cansou de ver milagres quase todo dia, mas mesmo assim, se tornou mimado, murmurador, birrento, incrédulo e idólatra. A igreja da multidão tenta Deus quando tenta provar sua existência e poder através da operação de milagres diante do público incrédulo. Além do mais, a mesma multidão de crentes que vê os milagres de Jesus, logo em seguida, rejeita suas palavras com incredulidade.

3. A IGREJA DA MULTIDÃO SÓ BUSCA JESUS POR CAUSA DOS SEUS MILAGRES.

Logo após a multiplicação dos pães e peixes, Jesus é procurado pela multidão. “Quando o encontram do outro lado do mar, perguntaram-lhe: Mestre, quando chegaste aqui? Jesus respondeu: A verdade é que vocês estão me procurando, não porque viram os sinais miraculosos, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos”. (João 6:26). Jesus discerne e revela as mais íntimas motivações e intenções da multidão em buscá-lo: Satisfazer seus desejos gulosos e insaciáveis por milagres. Aqui está mais uma característica da igreja da multidão: caçar milagres independe de quem der. Por isso, essa igreja acredita em qualquer meio e esquema para receber a qualquer custo o milagre. Essa igreja descarta a vontade ética de Deus para supervalorizar exclusivamente o poder de Deus. Ou seja, essa igreja ora: seja sempre feita a minha vontade assim na terra como no céu.

4. A IGREJA DA MULTIDÃO QUER A SALVAÇÃO SEM O SALVADOR.

No calvário, “Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: ‘Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também’”.(Lucas 23:39). Este criminoso deseja ser salvo da punição e da dor da cruz. E com isso, provoca Jesus com uma suspeita cínica e maligna quando manda Jesus demonstrar seu poder saindo da cruz e libertando os criminosos. Mas esse criminoso não entendia a necessidade da morte de Jesus; por isso que fez esse pedido absurdo. Se Jesus atendesse esse pedido, haveria milagre da anestesia efêmera da dor, mas não haveria o milagre eterno da salvação para a humanidade. Aqui podemos ver que esse criminoso representa o tipo de petições que a igreja da multidão faz a Jesus. A multidão de nossas igrejas quer ver milagre, mas fecha os olhos para o significado, propósito e efeitos da cruz. Perceba que, por amor, Jesus não faz o milagre pedido por esse criminoso: sair da cruz. Porque o poder de Jesus está no amor que, “...embora sendo Deus, considerou o ser igual a Deus, era algo que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo vindo a ser semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte e morte de cruz...” (Fp 2:6-8). Já imaginou se Jesus tentasse provar seu poder saindo da cruz no calvário? Estaríamos diante de um deus poderosamente em extrema fraqueza de caráter. Ainda bem que ele não respondeu a oração daquele criminoso. Porém, o segundo malfeitor deseja o salvador e sua salvação quando pede: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino. Jesus lhe respondeu: “Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso”.(Lucas23:43). Para esse criminoso Jesus na ficaria morto para sempre, mas entraria no seu Reino Eterno, uma vez que é Rei. E Jesus faz um milagre: Garantir vida eterna ao criminoso. Aqui vemos a revelação da graça de Deus em ação fazendo o milagre da salvação imerecida de um malfeitor. A igreja da multidão é uma criminosa porque blasfema contra Jesus ao querer milagres sem a cruz. Milagres sem cruz é magia, bruxaria, macumba. Milagre de Jesus sempre é pela cruz. E a cruz implica no Senhorio de Jesus. “Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai”.(Fp 2:9-11).

5. A IGREJA DA MULTIDÃO RECEBE O MILAGRE DE JESUS E LOGO SE ESQUECE DO JESUS DOS MILAGRES.


Certa vez Jesus curou dez leprosos. Mas Jesus se admira pelo fato de que apenas um volta para agradecer quando pergunta: “...‘Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove? Não houve, porventura, quem votasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?’” (Lucas 17:17, 18). A maioria dos que recebem o milagre da cura se esquece de quem os curou. Assim também a igreja da multidão sofre de aminésia espiritual. Quando a multidão recebe o milagre, logo se esquece de agradecer a Deus. Por isso, que a mesma multidão que entra na igreja é a mesma que sai. A igreja da multidão está sempre lotada de gente que recebe milagres pela graça de Deus, porém é uma igreja vazia de adoradores gratos e perseverantes na fé. O propósito de Jesus curar os leprosos é chamá-los a salvação e a adoração. Mas a igreja da multidão está cega para este propósito de Deus.

II - A IGREJA DOS DISCÍPULOS

Em contrapartida há a IGREJA DOS DISCÍPULOS DE JESUS. Vejamos suas características:

1. A IGREJA DOS DISCÍPULOS CONHECE A IDENTIDADE DE JESUS REVELADA PELO PAI.

A segunda pergunta que Jesus faz aos seus discípulos sobre sua identidade é: “Mas vós, continuou ele, quem dizeis quem eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". (Mateus 16:15, 16). A resposta nos diz que Pedro entendia que Jesus era o messias libertador esperado e o próprio Deus encarnado e presente entre nós para salvar a humanidade. A revelação que Pedro recebe do Pai acerca da verdadeira identidade de Jesus demonstra que Pedro conhecia bem Jesus. “Então, Jesus lhe afirmou: ‘Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que teu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela’. (Mateus 16:17). Jesus aprova a resposta de Pedro e é firmado nesta revelação que a igreja dos discípulos de Jesus é edificada. Assim, essa Igreja é a igreja dos discípulos que conhece quem é Jesus. E o sabe porque o próprio Pai o revelou. A Igreja dos Discípulos é a Igreja que o Pai deu para o Filho, porque pertence a ela aqueles a quem Jesus, pelo Pai, foi apresentado (Jo 6.44).

2. A IGREJA DOS DISCÍPULOS RECONHECE NOS MILAGRES DE JESUS A REVELAÇÃO DA SANTIDADE DE DEUS.


Quando Jesus fez o milagre da grande pescaria, “...Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador”. (Lucas 5:8). Pedro responde ao milagre de Jesus enxergando no milagre da pescaria a revelação da santidade de Deus. Podemos aprender aqui que a Igreja dos Discípulos sabe que a única maneira de relacionar-se corretamente com Jesus é através da adoração. Nós seguimos às metas de um líder, obedecemos às ordens de um chefe, escutamos as pregações de um profeta, aprendemos filosofias de vida de um mestre, mas a Deus a gente adora. E nesta ocasião, Pedro Adorou a Jesus, porque viu a santidade de Deus em Jesus. E a santidade de Jesus o levou a enxergar a miséria de sua própria natureza pecaminosa. Ariovaldo Ramos nos ensina que: “Adorar a Deus é pedir perdão. Tudo o que dizemos a Deus é insuficiente para honrá-lo. Mas quando lhe pedimos perdão, o adoramos, porque admitimos que Ele está certo, não nós. E lhe pedimos perdão, não apenas por nossos desvios morais, mas por nosso jeito de ser e de viver”. Assim, entendo que o perdão recebido nos transforma mais parecidos com Jesus, pois o Espírito Santo vai nos revelando onde estamos desonrando a Deus e nos transformando à imagem do Senhor (2 Co 3.18). E dessa forma a igreja dos discípulos adora a Deus imitando o caráter de Jesus por meio da obra do Espírito Santo.

3. A IGREJA DOS DISCÍPULOS RECONHECE NO MILAGRE DE JESUS O CHAMADO PARA FAZER MAIS DISCÍPULOS.

Após Pedro adorar a Jesus pela sua santidade, “Disse Jesus a Simão: ‘Não temas; doravante serás pescador de homens’. E, arrastando eles os barcos sobre a praia, deixando tudo, o seguiram". (Lucas 5:10 e 11). Ou seja, Jesus está dizendo que o milagre que acabara de realizar aponta para outro milagre que estava por vir: O chamado a pescar homens. Da mesma forma que Jesus fez o milagre da grande pescaria de peixes, faria agora o milagre da pescaria de homens do mar das trevas para a superfície da rocha do Reino da maravilhosa luz do amado filho de Deus. E como resposta a este sinal da santidade e chamado de Deus, Pedro e seus companheiros deixam tudo o que tem para seguir a Jesus. Perceba que o barco estava cheio de peixe e da garantia de lucro financeiro. Mas Pedro, Tiago e João deixam tudo o que ganharam para seguir em tempo integral a Jesus. Ou seja, a adoração nos leva à fazer missões. Assim, entendo que ser discípulo de Jesus é morrer para seu próprio egoísmo a fim de viver para servir a Deus com altruísmo. É trocar a falsa fé que tenta mover a mão de Deus para satisfazer seus desejos gulosos e insaciáveis pela fé que move a mão do discípulo para doar a si mesmo e o que tem ao próximo levando-o aos cuidados das mãos de Deus. Resumindo: quando a igreja dos discípulos recebe o milagre da fartura financeira pela providência da graça de Deus, somos chamados a compartilhar tudo o que temos com quem não tem. Como? Fazendo mais discípulos.

4. A IGREJA DOS DISCÍPULOS RECONHECE NO MILAGRE O ALIMENTO DE JESUS E SUA PALAVRA DE VIDA ETERNA.


Após a multiplicação dos pães e peixes, Jesus revela as mais íntimas motivações e intenções do coração da multidão que o seguia: Satisfazer-se de comida material. Mas Jesus adverte dizendo: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará...A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado...Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede...” (João 6:27, 29, 35). Jesus ensina que o verdadeiro alimento que mata a fome da alma humana era ele mesmo e não a comida material que perece. E o verdadeiro significado e propósito da obra de Deus é que creiam em Jesus: o verdadeiro milagre.“Ao ouvirem isso, muitos dos seus discípulos disseram: “Dura é essa Palavra. Quem pode suportá-la?...Daquela hora em diante, muitos dos seus discípulos voltaram atrás e deixaram de segui-lo”.(João 6:60 e 66). Ou seja, a igreja da multidão muitas vezes está no meio dos discípulos; e é revelada quando escuta palavras de vida eterna, pois não resistem e não suportam a Palavra da verdade, logo apostatam da fé em Jesus. Logo em seguida a apostasia da multidão travestida de discípulos, Jesus coloca seus doze discípulos contra a parede quando perguntou: “Porventura, quereis também vós outros retirar-vos? Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para onde iremos? Tu tens as palavras de vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus.” (João 6:27 – 71) Jesus esta revelando que o que vai alimentar e saciar a fome do ser humano é ele mesmo – o pão da vida – e suas palavras de vida eterna. Assim, nem só de pão de fermento viverá o homem, mas de todo o pão da vida que é Jesus. Ou seja, a igreja dos discípulos se alimenta do milagre do pão da vida e da esperança da vida eterna em Cristo Jesus. E vive pregando esse milagre.

5. A IGREJA DOS DISCÍPULOS VIVE DOS MILAGRES GERADOS EM TORNO DA CRUZ DE CRISTO.

Jesus faz referência à cruz quando compara a si mesmo como alimento para gerar vida eterna. Ele diz: “...Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é a verdadeira comida, e o meu sangue é a verdadeira bebida...quem comer este pão viverá eternamente.” (João 6:52 – 58). A igreja dos discípulos vive em torno da verdade da cruz. E a cruz nos leva a morrer para os nossos pecados para ressuscitar como nova criatura em Cristo Jesus. A igreja dos discípulos prioriza se alimentar da vida de Jesus e produzir na própria vida, a vida de Jesus. E para ter a vida de Jesus, a igreja dos discípulos tem que passar pela cruz. E é na cruz que está garantida a continua generosidade de Deus à sua igreja. Pois, Deus "que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas?” (Romanos 8:32). Se Deus fez o maior milagre de entregar seu próprio filho em nosso favor para nossa salvação eterna, quando mais, pela cruz, nos dará graciosamente – incondicionalmente do mérito ou demérito de quem quer que seja – todos os milagres pela sua soberana vontade. Assim, a igreja dos discípulos vive dos milagres aqui e agora pelos efeitos da graça da cruz de Cristo. Pois a graça da cruz de Cristo nos garante os milagres em nossa vida.

CONCLUSÃO

Enfim, podemos concluir que os milagres de Jesus são a revelação do caráter e propósito de Deus em salvar o mundo e reproduzir verdadeiros discípulos que vivem imitando a Jesus durante toda a vida. Esta é a verdadeira igreja dos milagres.

Dessa forma, que igreja você está? A igreja da multidão ou a Igreja dos discípulos?

Pense e responda a si mesmo.

Em Cristo, em quem a igreja dos discípulos está edificada para realizar e viver milagres nele.

Jairo Filho.


[Mensagem pregada, como parte da série de mensagens “A espera do meu milagre”, no dia 04 de junho de 2009 na IPB de Imbituva-PR.]

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