Qual a mensagem dessa foto-grafia?

 

Para nossa geração, tudo que tenha mais de 140 caracteres é irrelevante, entediante, cansativo, incompreensível, inlegível, desprezado, inútil...lixo...

Quando é tempo


Quando nascemos o tempo começou
Quando crescemos o tempo nos acompanha
Quando amadurecemos o tempo é nosso tutor amigo
Quando trabalhamos o tempo é nosso senhor inimigo
Quando é aniversário o tempo é contado
Quando envelhecemos o tempo passou
Quando morremos o tempo acabou

Quando há amor o tempo é curto
Quando há amizade o tempo é ouro
Quando há inimizades o tempo é perdido na guerra
Quando há perdão é tempo de recomeçar em paz
Quando há gritos de socorro o tempo de servir é agora.
Quando há saudades o tempo da história está na memória

Quando há dor insuportável o tempo pára.
Quando há saúde não há tempo a perder
Quando há luto é tempo das lágrimas da consolação
Quando há parto é tempo das lágrimas de celebração
Quando se está forte há domínio o tempo todo
Quando se está fraco é tempo de dependência

Quando se está rico é tempo de fartura
Quando se está pobre é tempo de escassez
Quando se está satisfeito é tempo de aprender a viver contente em toda e qualquer situação

Quando há procrastinação nos iludimos que temos todo tempo do mundo
Quando há tédio o tempo é a mesmice de sempre
Quando há agenda o tempo não pára.
Quando há oportunidades há novo tempo
Quando há ativismo profissional não temos tempo
Quando há ocupação demais o tempo é nosso patrão
Quando há sonhos é tempo de esperança

Quando há pecado é tempo de degeneração
Quando há cruz não há tempo para morte
Quando há salvação pela graça de Deus é tempo de humanização em Cristo
Quando há arrependimento é o tempo da cura com o perdão
Quando há santidade é tempo de encarnar o evangelho
Quando há adoração todo tempo é tempo de amar ao Senhor
Quando há vida busque a Deus enquanto é tempo
Quando há felicidade o tempo é eterno com a vida eterna

Quando escrevo registro um retrado do meu tempo
Quando leio viajo para fora do tempo
Quando me escrevem é tempo de ouvir
Quando me lêem é tempo de falar
Quando estou com você o tempo não importa mais


Em Cristo, o atemporal


Jairo Filho

O guru, o gato e a religiosidade


Havia um guru religioso que meditava todo dia debaixo de uma árvore juntamente com seus discípulos e depois saiam para servir os pobres. Quando a meditação era iniciada o gato de estimação do guru dava seus miados e pulos com muitas travessuras, atrapalhando a cerimônia religiosa.

Certo dia, o guru teve a idéia de amarrar o gato na árvore enquanto faziam a meditação para que não fossem incomodados e assim pudesse meditar em paz e servir aos pobres com mais tranqüilidade. Com o passar do tempo, o guru decidiu fazer uma escala para que cada um de seus discípulos amarrasse o gato em toda meditação. E assim, os anos se passaram e a cena se repetia até que o velho guru faleceu.

Mesmo após a morte do guru, os discípulos entenderam que deveriam preservaram o hábito de amarrar o gato toda vez que havia a meditação, pois esta, presumiram os discípulos, era a vontade do seu grande guru religioso. E assim, criaram uma regra: Só é permitido e possível fazer meditação amarrando o gato na árvore. Quem não amarrar o gato, não poderá fazer a meditação. E essa regra foi sendo passada e obedecida por muitos discípulos.

Um dia o gato do guru morreu. E com isso, trouxeram outro gato e o amarraram para fazer a meditação, já que a meditação só é possível e permitida se houver um gato amarrado. Durante séculos, gerações e gerações de discípulos foram se multiplicando, preservando e transferindo a idéia da meditação com o gato amarrado. E concluíram que só é possível acontecer uma boa meditação se o gato estiver perto. Essa idéia evoluiu e concluíram que o gato era sagrado para a meditação, elevando-o ao status de divindade.

Com o passar do tempo, muitos começaram a escrever livros sagrados e confissões de fé sobre o gato e a meditação. A partir disso, foram criados debates sobre a relação do gato com a meditação. E chegaram a conclusão de que o gato era um deus. Assim, o gato se tornou a principal figura da religiosidade desse povo com direito a imagem de escultura e adoração com o povo prostrado em torno do gato.

Com isso, houve uma explosão de crescimento numérico de religiosos adoradores do deus gato e surgiram várias facções brigando entre si, discutindo qual era a raça correta do gato sagrado, qual a corda sagrada que deveria amarrar o gato e qual a espécie de árvore deveria servir para amarrar o gato. Essas questões produziram ideologias, partidos políticos e guerras religiosas em nome do deus gato. E assim, ninguém mais teve tempo para meditar e servir aos pobres.

Isso é religiosidade.

Qualquer semelhança com Cristo e o cristianismo não é mera coincidência.

Em Cristo, que nunca inventou o  "cristianismo" nem é "evangélico"

Jairo Filho

Me engana que eu gosto

As culturas devem ser lidas nas linhas e entrelinhas. As linhas falam da coisa em si. As entrelinhas falam do espírito da coisa. As entrelinhas podem distorcer e até mesmo destruir o que está dito nas linhas.

Com a cultura cristã não é diferente. Veja o exemplo da assinatura da Igreja Universal do Reino de Deus, a saber, Jesus Cristo é o Senhor. De acordo com o Novo Testamento, isso significa que devemos viver como escravos dos propósitos de Jesus Cristo: ele manda e a gente obedece, ele propõe e a gente executa, ele dirige e a gente segue, pois afinal de contas, Ele é o Senhor. Mas na cultura da IURD, as entrelinhas dessa afirmação fazem com que ela signifique que Jesus pode realizar todos os seus desejos, afinal de contas Ele é o Senhor.

A relação fica invertida: você clama e ele responde, você reivindica e ele atende, você pede com fé e ele lhe dá o que foi pedido, você participa da corrente de oração e se submete aos 318 pastores e Jesus faz a sua vida próspera e confortável, pois Jesus Cristo é o Senhor e você é “filho do rei”, de modo que não há qualquer motivo para que você continue nessa vida miserável, daí a segunda convocação da IURD: “para de sofrer”. Percebe como as linhas dizem uma coisa e as entrelinhas dizem outra?

O movimento evangélico é mestre em fazer confusão e promover distorção do Evangelho em virtude desse jogo de linhas e entrelinhas. Um exemplo disso é a mensagem VAI DAR TUDO CERTO, que recebi essa semana.


SALMO 22
VAI DAR TUDO CERTO

DEUS me pediu que te dissesse que tudo irá bem contigo a partir de agora.
Você tem sido destinado para ser uma pessoa vitoriosa e conseguirá todos teus objetivos.
Nos dias que restam deste ano se dissiparão todas as tuas agonias e chegará à vitória.
Esta manhã bati na porta do céu e DEUS me perguntou...
'Filho, que posso fazer por você ?'
Respondi:
'Pai, por favor, protege e bendiz a pessoa que está lendo esta mensagem'.
DEUS sorriu e confirmou: 'Petição concedida'.
Leia em voz baixa...
'Senhor Jesus :
Perdoa meus pecados.
Amo-te muito, te necessito sempre, estás no mais profundo de meu coração, cobre com tua luz preciosa a minha família, minha casa, meu lugar, meu emprego, minhas finanças, meus sonhos, meus projetos e a meus amigos'.
Passe esta oração a 5 pessoas, no mínimo.
Receberás um milagre amanhã.
Não o ignore.

Deus tem visto suas Lutas.
Deus diz que elas estão chegando ao fim.
Uma benção está vindo em sua direção.
Se você crê em Deus, por favor envie esta mensagem para 20 amigos.
Se acredita em Deus envia esta mensagem a 20 pessoas,
se rejeitar lembre Jesus disse:
“se me negas entre os homens, te negarei diante do pai” Dentro de 4 minutos te dirão uma notícia boa

Deixo de lado a crítica gramatical e o péssimo uso da lingua portuguesa. Dedico minha atenção ao conteúdo da mensagem que, travestida de cristã, é absolutamente anti-cristã: mentirosa, fantasiosa, desprovida de qualquer sentido bíblico, desalinhada com o todo do ensino e experiência de Jesus, seus apóstolos, e seus primeiros seguidores, totalmente alinhada com os dircursos baratos da auto-ajuda e da enganação religiosa, enfim, uma versão barata e piedosinha da superstição sincrética do espiritualismo popular.

A afirmação “vai dar tudo certo”, lida de acordo com as linhas do Novo Testamento, significaria, por exemplo, que os propósitos de Deus prevalecerão, a marcha da igreja de Jesus Cristo contra os poderes do mal será vitoriosa, a vontade de Deus será um dia feita na terra como o céu. Mas também significaria que os seguidores de Jesus seriam sempre ovelhas em meio aos lobos [Mateus 10.16], odiados pelo sistema sócio-político-econômico anti reino de Deus, ameaçados de morte, rejeitados, caluniados, e perseguidos por causa do nome de Jesus [Mateus 5.10-12], e passariam por muito sofrimento e tribulação antes de receberam a vitória plena no reino eterno de Deus [Atos 14.22]. Isto é, antes de dar tudo certo, daria tudo errado.

A convicação de que “em Cristo somos mais que vencedores” [Romanos 8.37], e que “em Cristo Deus sempre nos conduz em triunfo” [2Coríntios 2.14], é também acompanhada de uma profunda compreensão a respeito dos custos de se colocar ao lado de Deus e do reino de Deus, em oposição à injustiça e aos agentes promotores e mantenedores da morte no mundo.

Porque me parece que Deus nos colocou a nós, os apóstolos, em último lugar, como condenados à morte. Viemos a ser um espetáculo para o mundo, tanto diante de anjos como de homens. Nós somos loucos por causa de Cristo, mas vocês são sensatos em Cristo! Nós somos fracos, mas vocês são fortes! Vocês são respeitados, mas nós somos desprezados! Até agora estamos passando fome, sede e necessidade de roupas, estamos sendo tratados brutalmente, não temos residência certa e trabalhamos arduamente com nossas próprias mãos. Quando somos amaldiçoados, abençoamos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, respondemos amavelmente. Até agora nos tornamos a escória da terra, o lixo do mundo.
[1Coríntios 4.9-13]

Fica, portanto, muito evidente que quando os cristãos do Novo Testamento diziam que “vai dar tudo certo” estavam afirmando coisas completamente diferentes dessas afirmadas na mensagem que recebi pela internet, que diz:

Tudo irá bem contigo a partir de agora.
Você tem sido destinado para ser uma pessoa vitoriosa e conseguirá todos teus objetivos.
Nos dias que restam deste ano se dissiparão todas as tuas agonias e chegará à vitória.
Cobre com tua luz preciosa a minha família, minha casa, meu lugar, meu emprego, minhas finanças, meus sonhos, meus projetos e a meus amigos'.
Receberás um milagre amanhã.
Uma bênção está vindo em sua direção.
Dentro de 4 minutos te dirão uma notícia boa.

Meu amigo, minha amiga, não é verdade que “tudo irá bem contigo a partir de agora”, e também não é verdade que “você tem sido destinado para ser uma pessoa vitoriosa e conseguirá todos teus objetivos”. Não se iluda, pois não é verdade que “nos dias que restam deste ano se dissiparão todas as tuas agonias e chegará à vitória”.

Preste atenção: o compromisso cristão não suplica que Deus cubra com sua luz “minha família, minha casa, meu lugar, meu emprego, minhas finanças, meus sonhos, meus projetos e a meus amigos”. Na verdade, o compromisso cristão exige que você deixe de viver para seus sonhos, seus planos e seus projetos e passe a viver para Deus, pois, como ensina a Bíblia, “o amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou“ [2Coríntios 5.14,15], e justamente por isso é que quem deseja seguir a Jesus deve lembrar o que Jesus disse:

"Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará. Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma?” [Mateus 16.24-26]

Também não é verdade que “receberás um milagre amanhã” e que “dentro de 4 minutos te dirão uma notícia boa”.

Pelo amor de Deus, jogue fora esse evangelho açucarado, que promete o que Deus jamais prometeu, e gera falsas esperanças nas pessoas. Respeite o sofrimento e a dor das milhares de pessoas que, apesar de sua fé, e talvez justamente por causa de sua fé, passam fome, não têm mínimas condições de sobrevivência, sofrem as consequências de tragédias pessoais e fatalidades naturais, são vítimas de um sistema mundano cruel, que as condena à escravidão e a uma vida sem futuro.

Lembre dos cristãos que vivem na África, na Índia, na América Latina, e nos rincões miseráveis do Brasil. Seja solidário com as minorias: os negros escravizados, as mulheres violentadas, as crianças abusadas, as populações indígenas dizimadas, os refugiados de guerra, os perseguidos políticos, os desaparecidos.

Respeite a grandeza dos cristãos perseguidos e mortos sob a tirania do fundamentalismo islâmico e dos regimes políticos ateístas. Pense um pouco se essa mensagem “vai dar tudo certo, todos os seus sonhos se realizarão, você vai receber um milagre amanhã” faz algum sentido na ala infantil do Hospital do Câncer, no campo de refugiados (mutilados) de Angola, ou nos casebres secos do sertão brasileiro.

Construa sua fé sobre um alicerce mais sólido. Por exemplo, o Salmo 22, aviltado com essa mensagenzinha “vai dar tudo certo”. Aliás, é bom lembrar que Bíblia não é um livro que pode ser manuseado por qualquer pessoa, de qualquer jeito. Da mesma maneira que não é qualquer pessoa que pode dar palpite a respeito do direito, de medicina, da engenharia, ou do marketing, também a teologia exige um mínimo de preparo, senão, muito preparo mesmo. Digo isso porque talvez o autor dessa mensagenzinha não saiba que o Salmo 22 é um dos Salmos messiânicos, que profetiza o sofrimento e o fracasso do Messias, que foi (1) abandonado por Deus e pelos homens [Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste? Por que estás tão longe de salvar-me, tão longe dos meus gritos de angústia? Meu Deus! Eu clamo de dia, mas não respondes; de noite, e não recebo alívio! Não fiques distante de mim, pois a angústia está perto e não há ninguém que me socorra], (2) rejeitado [Mas eu sou verme, e não homem, motivo de zombaria e objeto de desprezo do povo], (3) insultado [Caçoam de mim todos os que me veem; balançando a cabeça, lançam insultos contra mim], (4) dilacerado pela dor que lhe foi brutalmente imposta [Como água me derramei, e todos os meus ossos estão desconjuntados. Meu coração se tornou como cera; derreteu-se no meu íntimo. Meu vigor secou-se como um caco de barro, e a minha língua gruda no céu da boca; deixaste-me no pó, à beira da morte. Cães me rodearam! Um bando de homens maus me cercou! Perfuraram minhas mãos e meus pés], e por fim (5) cuspido na cara e crucificado como impostor.

Para esse Messias não deu nada certo. Ele não recebeu uma boa notícia quatro minutos após sua agonia no Getsêmani, e também não recebeu um milagre no dia seguinte. No dia seguinte foi crucificado.

Mas esse Messias, apresentado pelo profeta como “homem de dores, que sabe o que é padecer” [Isaías 53], “Deus exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” [Filipenses 2.9-11]. Isso sim é dar tudo certo.

Provavelmente alguém vai dizer que é isso o que a mensagenzinha da internet quis dizer. Mas não foi. Nas linhas, pode ter sido. Mas no contexto da religiosidade popular e da subcultura evangélica, a mensagenzinha sugeriu que “os seus sonhos e os seus projetos” darão certo, e que você pode esperar para amanhã aquela resposta milagrosa de Deus para resolver seus problemas e dificuldades particulares, e que em quatro minutos você vai receber uma notícia boa, muito provavelmente trazendo a você uma bênção na forma de conforto e prosperidade.

Em síntese, a mensagenzinha pode ser interessante, pode trazer uma esperança e um conforto para quem está lutando contra um sofrimento ou uma dificuldade medonha, e pode até mesmo trazer um alívio do tipo “eu sei que não é bem assim, mas é bom pensar que é, ou acreditar que pode ser”. Mas definitivamente essa mensagenzinha não tem nada a ver com o Evangelho de Jesus Cristo.

Ed René Kivitz

Quando seu pregador não é John Piper - Por Steve Burchett

Muitos que tiveram o privilégio de ouvir a pregação de John Piper¹ testificam que ela parece um evento monumental. Sua pregação é uma combinação poderosa de verdade e paixão, levando os ouvintes à convicção e à alegria. Após o sermão, certos ouvintes podem sair se perguntando se estavam na presença de uma figura da qual se falará nos futuros séculos.

Então, eles voltam para suas igrejas onde muitas coisas são diferentes, inclusive a pregação! Felizmente, o Evangelho está sendo continuamente proclamado. Efetivamente, os sermões são completamente bíblicos. Porém, a habilidade de seu pregador regular simplesmente não chega aos pés da pregação fenomenal que ouviram recentemente.

A menos que você frequente regularmente a igreja de um dos célebres pregadores de nossos dias, provavelmente você tem enfrentado uma situação semelhante. Em uma conferência ou na Internet você tem ouvido pregações excepcionais, mas todo domingo está de volta à sua igreja pequena e simples, que dificilmente alguém de outra cidade conhece, com um pastor que é um “João Ninguém” e que provavelmente nunca pregará para milhares.

O que fazer se seu pastor, pregador do Evangelho, não é tão bom quanto um dos grandes oradores de nossos dias? É hora de vender a casa, reunir a família e mudar de igreja? Não, eu não acho. Mas o que você deve fazer?

Primeiro, alegre-se com o fato de que seu pregador é um homem que proclama o Evangelho. Em algumas cidades, achar um homem que prega o verdadeiro Evangelho é tão difícil quanto localizar aquela nova e preciosa bola de golfe que você lançou 100 jardas no meio do bosque! Uma vez tive que suportar um sermão de 40 minutos onde o pregador falou principalmente sobre as férias de sua família. Embora esse seja um exemplo extremo do que não é a pregação do Evangelho, muitos pregadores falham em falar do Deus Santo, da humanidade pecadora e da obra redentora de Cristo. Mas não seu pregador. Ele fala honestamente sobre o pecado, proclama corajosamente “Jesus Cristo, e este crucificado” (1 Co. 2:2) e, então, amorosamente convida seus ouvintes a se arrependerem e crerem. Esse é um motivo para se alegrar.

Segundo, reconheça que certos homens são singularmente dotados pelo Senhor para ter um ministério internacional e ser uma atração internacional, mas esta não é a norma. Uma igreja local típica deve estar satisfeita por apontar como pastores homens que são “irrepreensíveis” em suas vidas, que crêem no Evangelho, estão aptos para ensinar a Palavra de Deus e aspiram servir como pastores (1 Tm. 3:1-7; Tt. 1:5-9). A maioria dos pregadores não será surpreendentemente agradável e polida. Eles podem nunca ser os palestrantes principais numa grande conferência, mas isto não é uma trágica falha em seu lugar no reino de Deus. É precisamente o propósito Dele.

Terceiro, se seu pastor é (honestamente) enfadonho, mas prega a verdade fielmente, uma pequena declaração que eu ouvi uma vez pode ser útil para você relembrar: "O adorador maduro é facilmente edificado". Quando ouvem uma pregação sem brilho (mesmo que bíblica), adoradores imaturos normalmente não dão ouvidos à mensagem porque eles esperavam que o mensageiro fosse mais emocionante. Ao contrário, adoradores maduros recebem ansiosamente a verdade quando ela está sendo proclamada, mesmo que pareça que o pregador está lendo uma agenda telefônica.

Quarto, ouça a pregação dando sinais externos. O que eu quero dizer é o seguinte: sente-se com sua Bíblia aberta e rotineiramente faça contato visual com quem está pregando. Um ocasional aceno de cabeça de sua parte quando o pregador faz uma afirmação acertada irá encorajá-lo e aumentará sua confiança. Em minhas experiências, tanto de pregar quanto de ouvir sermões, posso confirmar que ouvintes que bocejam e ficam com olhares sonolentos fazem pregações medíocres ficarem piores, enquanto ouvintes ansiosos inspiram pregações melhores.

Quinto, encoraje verbalmente os pregadores na sua igreja. Todo pregador que não é extraordinariamente talentoso ouve pregações singulares e lamenta-se: “Depois de ouvir isso, por que eu aindo tento?!”. Este é um estranho fenômeno, mas grandes pregações de renomados mestres de nossos dias fazem pastores “comuns” ficarem desencorajados. Aqui está uma maneira simples para você salvar seu pastor: depois de um sermão, ao invés de simplesmente dizer “belo sermão!” enquanto você se dirige à porta, tire alguns momentos para dizer a ele o que, no sermão, foi especialmente útil e/ou trouxe convicção de pecado. Na primeira igreja onde eu servi como pastor, um jovem casal, cerca de uma vez por mês, ficava conversando comigo após o culto sobre o que eles aprenderam. Essas conversas úteis duravam mais de uma hora. Ainda hoje, fico animado quando recordo o entusiasmo deles por aquilo que foi ensinado.

Nós devemos louvar ao Senhor por nos dar pregadores proeminentes e bem conhecidos, mas que nós não nos esqueçamos do mandamento de Paulo a Timóteo, que estava estabelecido numa igreja local com pastores cujos nomes nenhum de nós conhece: “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino” (1 Tm. 5:17).

¹ John Piper é o principal pastor e mestre da Igreja Batista Belém em Minneapolis, Minnesota (EUA) , e um pregador regular em conferências ao redor do mundo.

 Steve Burchett

Esse texto é muito bom!

Após a leitura compartilho algumas conclusões:


Esse texto dilata minha mente para pensar que é trágico diagnosticar que a audiência evangélica está mais concentrada na embalagem da retórica do que no conteúdo do evanhelho puro, simples e verdadeiro de Jesus Cristo.


Um texto como esse nos alerta e nos incentiva a ouvir a Palavra de Deus mais do que ouvir a retórica humana do pregador. Quando isso não acontece, muita gente é enganada pelo pseudo-evangelho embalado pela fachada de um púlpito eloquente, porque ouvem mais a habilidade retórica do pregador do que o conteúdo de sua mensagem. Isso é semelhante a degustar deliciosamente xixi dentro de uma garrafa de champagne gelada. As pessoas não bebem o conteúdo, mas sim a garrafa e a sua marca.


É verdade que a retórica pode ser uma boa e útil ferramenta para a comunicação do evangelho de púlpito. E ainda que Deus levanta homens especiais com o dom da comunicação para irem e falarem a grandes públicos. Mas, quando a retória do pregador é má utilizada com estrelismo, a eloquência humana pode abafar, esconder, corromper e aparecer mais do que o conteúdo da Palavra de Deus; e a voz do pregador se torna mais ouvida que a voz do supremo pastor Jesus Cristo e a glória de Deus é corrompida.


Por outro lado, também,
bom pregador é aquele que, semelhante a Jesus, torna o chão da existência o púlpito da vida com sua pregação encarnada. Ou seja, o púlpito também pode ser mal usado como um lugar de alienação e esconderijo para não conviver com as pessoas e seus dramas na vida real; e o academicismo da ciência teológica e a retórica com inteligência e carisma, exclusivamente humana, podem ser o statos quo do pregador que está com a síndrome de lúcifer, pregando independente da ação sobrenatual do Espírito Santo que opera invariavelmente na vida dos pregadores humildes e simples.

Imagem não é tudo. Prestemos atenção ao conteúdo. Voltemos ao evangelho. Vamos ouvir a voz do supremo Pastor.


Se nós refletirmos bem na dádiva do que o texto nos propõe a pensar, poderemos acabar de vez com a maldita competição entre pastores e a comparação entre pregadores pela igreja. Competição e comparação são as portas para a entrada de partidarismo, guerra, orgulho, justiça própria, fama, insatisfação, críticas e culpa no meio da igreja. Essas palavras jamais devem pertencer ao vocabulário do Reino de Deus.


Em Cristo, a quem devemos dar ouvidos na voz e na vida de seus servos que pregam o evangelho encarnado no púlpito do chão da vida como ela é.


Jairo Filho
 

A divisa da Igreja - Por Ariovaldo Ramos

"A divisa da Igreja: cada cristão como o Cristo; cada comunidade local como a Trindade; cada pessoa tendo a oportunidade de entrar no Reino; a sociedade humana como o Reino; e o planeta como o Jardim". Ariovaldo Ramos

Qual a mensagem desse vídeo?




Qual a mensagem desse vídeo?

Olha o tamanho dessa cobra!



Olha que impressionante! Essa cobra enorme foi encontrada pelo IBAMA quando estava prestes a atacar uma pessoa. Agora fique em silêncio, aumente o volume e preste atenção no chiado que essa cobra faz. O chiado parece um choro de uma criança para atrair suas vítimas. Depois você me fala o que achou do vídeo.

Qual a mensagem desse vídeo?

Qual a mensagem desse vídeo?